O PESO DO PÁSSARO MORTO
é um espetáculo teatral, em formato de monólogo presencial, criado a partir do livro homônimo de Aline Bei, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, e um dos 20 livros de ficção mais vendidos do Brasil, segundo a Publish News.
Híbrido entre teatro e experimento visual, a adaptação teatral teve sessões online durante a pandemia entre agosto e novembro de 2020, com idealização e atuação de Helena Cerello, direção de Nelson Baskerville e música original de Daniel Maia. E estreou em 2021, em versão presencial, seguindo desde então, em cartaz em apresentações ao vivo em teatros, pelo Brasil.
E no presente momento, faz parte do repertório da Cia. VADABORDO.
Sinopse
O romance de estreia da autora trata da vida de uma mulher dos 8 aos 52, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, uma geração após a outra. Um texto denso e leve, violento e poético, onde acompanhamos uma mulher que, com todas as forças, tenta não coincidir apenas com a dor de que é feita. A história leva o leitor a acompanhar como a criança lida com a morte, uma adolescente com a violência sexual e a maternidade solo, e como uma adulta encara as perdas e a solidão.
Helena e Nelson optaram por dar voz à menina da infância à idade adulta e conceberam a montagem com cenas ao vivo e pré-filmadas. No caso das cenas ao vivo, no espetáculo elas são interpretadas no palco. E as cenas filmadas, que foram captadas pela própria atriz, retratando a personagem narradora na adolescência, dão à experiência cênica, também um caráter audiovisual.
O romance de estreia da autora trata da vida de uma mulher dos 8 aos 52, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, uma geração após a outra. Um texto denso e leve, violento e poético, onde acompanhamos uma mulher que, com todas as forças, tenta não coincidir apenas com a dor de que é feita. A história leva o leitor a acompanhar como a criança lida com a morte, uma adolescente com a violência sexual e a maternidade solo, e como uma adulta encara as perdas e a solidão.
Helena e Nelson optaram por dar voz à menina da infância à idade adulta e conceberam a montagem com cenas ao vivo e pré-filmadas. No caso das cenas ao vivo, no espetáculo elas são interpretadas no palco. E as cenas filmadas, que foram captadas pela própria atriz, retratando a personagem narradora na adolescência, dão à experiência cênica, também um caráter audiovisual.
Com duração de 1 hora, a criação conta com o trabalho do músico e autor da trilha sonora original Dan Maia, atuando também como sonoplasta e editor de imagens, presentes nas projeções.
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Carta para Helena Cerello
quando estudei Teatro
me lembro de uma luz, uma Atriz
que ao passar pelos corredores
parecia carregar
no corpo
alguns tecidos, véus. ia levando assim
o mundo
ao vasto mundo
que era dela
uma abertura de caminhos, um pressentimento da alegria
vê-la passar.
depois de muitos anos, essa mesma Atriz, Helena. me disse que gostaria de montar
o Pássaro, meu primeiro livro.
estávamos na cozinha de sua casa, ela fazia pipoca para os filhos
e eu abri uns olhos
negros que são meus olhos
e disse Helena o texto é teu.
novos anos se passaram
e como é bonito ver
o quanto o texto se tornou dela.
ao longo da montagem, vimos o mago Nelson Baskerville chegar
para dirigir
a peça, vimos as músicas
de Dan Maia
darem de beber
à personagem que Helena faz vibrar
no palco
luminosa atravessando
o luto e o tempo
como se a vida fosse um sonho
longo, duro demais
para que possamos acordar.
do lado de cá, atravessamos também uma pandemia, agora mais controlada graças à vacina.
e vimos a peça se tornar
um experimento cênico, ficar em cartaz por streaming.
vimos a peça ganhar
um ator para o Vento
e depois habitar
Noites de um teatro cheio.
com tantas reviravoltas e pertencimentos
o que nunca mudou foram meus olhos reconhecendo que o texto
é dela, o Pássaro é ela, Helena, essa grande atriz que funda
tudo o que ela toca.
com amor e gratidão,
Aline Bei
A vida é feita de escolhas, mas não significa que precisemos escolher o tempo todo. Certas escolhas é a própria vida que faz. “O Peso do Pássaro Morto” me escolheu e quem sou eu para questionar isso? Aline e Helena foram minhas alunas em épocas distintas no Teatro Escola Célia Helena e fui acompanhando ao longo de suas vidas e carreiras ora mais perto ora mais distante, sempre com algumas intersecções. Aline me entrevistou uma vez para um site que havia criado, Helena fazia peças, Helena teve filhos e Aline começou a escrever livros. Helena também escreveu livro. Como observador atento vou acompanhando cada aluno e entendendo que mesmo microscopicamente alguma coisa daqueles tempos de aula permaneceram ali, em cada um, porque somos seres resultantes de milhares de imagens, palavras, músicas e sensações a que estivemos expostos. Li com muito orgulho que Aline havia sido premiada com o São Paulo de Literatura – aquela garotinha que tinha trabalhado comigo em um “Brecht” tornara-se uma autora importante. E veio a pandemia e Helena me envia mensagem para eu “dar uma olhada” em um material que ela estava desenvolvendo sozinha (às vezes com a ajuda do marido Raul) que envolvia circo, mágica, filmagens em celular e o livro de Aline. O material estava praticamente pronto. Eu precisaria organizar. Nem pensei se deveria ou não fazer. A questão não era dessa ordem. Era escolha, não minha, da vida. Começamos remotamente, usávamos máscaras e nossos encontros tornavam o confinamento e a situação federal suportáveis. Eu diria até felizes levando em conta o grau de intimidade que desenvolvemos pois ninguém mexe com a dor e pulsão de vida do livro de Aline impunemente. Sorte nossa sermos todos feitos da mesma matéria e parresia. Como escreve Walter Hugo Mãe, “não devemos cultivar a dor, mas sim lembrar dela com respeito, por ter sido a indutora de uma melhoria, por melhorar quem se é.” Encontrar Helena e Aline é um presente.
Estamos assim desde 2020 e digo que “O Peso do Pássaro Morto” estará com a gente por muito tempo, até ficarmos velhinhos, porque a vida assim o quis.
Nelson Baskerville
Sobre a encenação
Nelson Baskerville e Helena Cerello optaram por dar voz à menina da infância à idade adulta e conceberam a montagem com cenas ao vivo e pré-filmadas. No primeiro caso das cenas ao vivo, elas são interpretadas e filmadas pela própria atriz, retratando a personagem narradora na adolescência. As cenas pré-filmadas contam com a luz natural do ambiente externo do sítio, onde o experimento foi concebido, e abordam diferentes períodos da vida da protagonista. A criação conta com o trabalho do músico e autor da trilha sonora original Daniel Maia, atuando também como sonoplasta e editor de imagens, responsável pelos cortes ao vivo diretamente de seu estúdio em casa, como se estivesse numa ilha de edição ao vivo. Helena também testa o novo meio e sente estranhamento ao falar a palavra “espetáculo”, tem usado mais o termo “ex periment o teatral”. “É inusitado, sou eu me filmando pelo celular, é como se eu fosse o câmera, o iluminador e a atriz ao mesmo tempo, é preciso muita concentração, sinto que é importante seguir a intuição e a direção do olhar do Nelson Baskerville, ele me traz com sensibilidade o olho do espectador”, revela, mostrando como vai manipular a câmara ao vivo. “É um trabalho de criação muito forte entre nós”, comenta o diretor.
Nelson Baskerville e Helena Cerello optaram por dar voz à menina da infância à idade adulta e conceberam a montagem com cenas ao vivo e pré-filmadas. No primeiro caso das cenas ao vivo, elas são interpretadas e filmadas pela própria atriz, retratando a personagem narradora na adolescência. As cenas pré-filmadas contam com a luz natural do ambiente externo do sítio, onde o experimento foi concebido, e abordam diferentes períodos da vida da protagonista. A criação conta com o trabalho do músico e autor da trilha sonora original Daniel Maia, atuando também como sonoplasta e editor de imagens, responsável pelos cortes ao vivo diretamente de seu estúdio em casa, como se estivesse numa ilha de edição ao vivo. Helena também testa o novo meio e sente estranhamento ao falar a palavra “espetáculo”, tem usado mais o termo “ex periment o teatral”. “É inusitado, sou eu me filmando pelo celular, é como se eu fosse o câmera, o iluminador e a atriz ao mesmo tempo, é preciso muita concentração, sinto que é importante seguir a intuição e a direção do olhar do Nelson Baskerville, ele me traz com sensibilidade o olho do espectador”, revela, mostrando como vai manipular a câmara ao vivo. “É um trabalho de criação muito forte entre nós”, comenta o diretor.
Experimento cênico audiovisual
A companhia VADABORDO assina a realização da peça. Formada por Helena Cerello e pelo ator e palhaço Raul Barretto (responsável pela coordenação de produção do atual trabalho), a companhia cria obras híbridas. O solo O Peso do Pássaro Morto segue esse conceito de mistura de linguagens.
O romance de Aline Bei também contém traços de hibridismo ao transitar pela prosa e a poesia, com forte vocação para uma adaptação dramatúrgica. “Assim como o livro, o espetáculo também se caracteriza como algo inevitavelmente híbrido, uma experiência cênica audiovisual”, comenta o diretor.
Algumas técnicas do universo circense, como o ilusionismo e manobras aéreas, foram adaptadas para o ambiente cênico. “Usamos estes recursos na narrativa para evocar imagens de leveza, voo e transposição da gravidade, presentes no livro”, conta a atriz.
A companhia VADABORDO assina a realização da peça. Formada por Helena Cerello e pelo ator e palhaço Raul Barretto (responsável pela coordenação de produção do atual trabalho), a companhia cria obras híbridas. O solo O Peso do Pássaro Morto segue esse conceito de mistura de linguagens.
O romance de Aline Bei também contém traços de hibridismo ao transitar pela prosa e a poesia, com forte vocação para uma adaptação dramatúrgica. “Assim como o livro, o espetáculo também se caracteriza como algo inevitavelmente híbrido, uma experiência cênica audiovisual”, comenta o diretor.
Algumas técnicas do universo circense, como o ilusionismo e manobras aéreas, foram adaptadas para o ambiente cênico. “Usamos estes recursos na narrativa para evocar imagens de leveza, voo e transposição da gravidade, presentes no livro”, conta a atriz.
Histórico da adaptação e colaboradores
Helena aproveitou os intervalos de uma filmagem no Pantanal, em 2019, onde passou 40 dias, para começar a adaptação dramatúrgica do livro, com a colaboração, nesta primeira versão, da atriz Cristiana Britto. As duas estudaram parágrafo por parágrafo, durante um mês, procurando as melhores combinações. “Foi extremamente doloroso fazer os cortes porque o livro é maravilhoso. Nosso maior trunfo é a palavra, o livro.”
Na volta para São Paulo, logo no início do processo, os ensaios foram interrompidos pela pandemia. Nelson Baskerville, o segundo colaborador na adaptação, entrou no projeto em meados de abril de 2020, para encarar a tarefa de organizar as ideias e dar uma identidade ao espetáculo. Helena destaca a sensibilidade, objetividade e o senso de humor do diretor, que aceitou prontamente o convite. “Depois de dois dias, a gente já estava ensaiando duas horas por dia. Nelson é muito parceiro. Um dia mostrei tudo e ele foi receptivo, enxergou o potencial da história, principalmente no momento de pandemia em que vivemos.”
A autora Aline Bei acompanha todo processo como ouvinte presente e silenciosa. As duas são amigas desde o tempo do curso de teatro no Célia Helena, onde foram alunas de Nelson Baskerville. A autora recebeu com emoção a ideia da adaptação. “Ainda mais tendo a Helena e mais tarde o Nelson no processo. Como fui atriz e sempre amei o teatro, ter o livro adaptado era um sonho. Estou muito ansiosa pra ver ao vivo no teatro.”
Helena teve liberdade no trabalho. “Ela me deu carta branca para fazer a adaptação. Sempre generosa, logo no início teve uma reação de encantamento com a possibilidade de o livro virar um espetáculo teatral. Gosto de dizer que Aline é uma evidência e um mistério. O talento dela é impactante, mas não tente desvendá-la. Ela vai pousar na sua mão, leve, te olhar profundamente e escapar antes de você conseguir elaborar todas as respostas.”
Helena aproveitou os intervalos de uma filmagem no Pantanal, em 2019, onde passou 40 dias, para começar a adaptação dramatúrgica do livro, com a colaboração, nesta primeira versão, da atriz Cristiana Britto. As duas estudaram parágrafo por parágrafo, durante um mês, procurando as melhores combinações. “Foi extremamente doloroso fazer os cortes porque o livro é maravilhoso. Nosso maior trunfo é a palavra, o livro.”
Na volta para São Paulo, logo no início do processo, os ensaios foram interrompidos pela pandemia. Nelson Baskerville, o segundo colaborador na adaptação, entrou no projeto em meados de abril de 2020, para encarar a tarefa de organizar as ideias e dar uma identidade ao espetáculo. Helena destaca a sensibilidade, objetividade e o senso de humor do diretor, que aceitou prontamente o convite. “Depois de dois dias, a gente já estava ensaiando duas horas por dia. Nelson é muito parceiro. Um dia mostrei tudo e ele foi receptivo, enxergou o potencial da história, principalmente no momento de pandemia em que vivemos.”
A autora Aline Bei acompanha todo processo como ouvinte presente e silenciosa. As duas são amigas desde o tempo do curso de teatro no Célia Helena, onde foram alunas de Nelson Baskerville. A autora recebeu com emoção a ideia da adaptação. “Ainda mais tendo a Helena e mais tarde o Nelson no processo. Como fui atriz e sempre amei o teatro, ter o livro adaptado era um sonho. Estou muito ansiosa pra ver ao vivo no teatro.”
Helena teve liberdade no trabalho. “Ela me deu carta branca para fazer a adaptação. Sempre generosa, logo no início teve uma reação de encantamento com a possibilidade de o livro virar um espetáculo teatral. Gosto de dizer que Aline é uma evidência e um mistério. O talento dela é impactante, mas não tente desvendá-la. Ela vai pousar na sua mão, leve, te olhar profundamente e escapar antes de você conseguir elaborar todas as respostas.”
Sobre perdas e dores
Sobre a história, Helena comenta que ela faz o espectador olhar para suas dores. “Tem uma alquimia, uma poesia nas palavras da autora que convida o leitor a mergulhar fundo nelas, e ficar ali um tempo, a tempo de se sentir.”
Livro disseca a história de uma menina que vira mulher e todas as perdas pelas quais essa personagem passa e nos convida a olhar para este momento pós-pandêmico, como uma possibilidade de ressignificação da vida. “É como se estivéssemos todos reaprendendo a viver.”
Helena Cerello ficou impactada pela leitura do livro, vislumbrando as imagens. “O livro me tocou muito, principalmente na questão da oralidade, parecia que a voz da personagem chegava direto na minha alma. A teatralidade se materializou principalmente na voz de uma criança sofrendo uma perda e não encontrando a escuta necessária para lidar com ela.”
O desenrolar dos acontecimentos, até a idade adulta da personagem, seguiu envolvendo Helena. “Aline Bei encontra as palavras certas ao falar sobre perdas, o que nesse momento pós-pandemia se torna necessário e urgente. A leitura do livro nos abre, como se fôssemos um livro também e nos convida a olhar para as nossas dores e às dores dos outros com escuta, num exercício de empatia. Por mais cortantes que sejam as situações do livro, a sensação que dá é que, ao tocarmos nas dores, elas respiram. Como se elas dissessem obrigado por me verem, eu estou aqui, e por alguns segundos elas se tornam mais leves.”
Sobre a história, Helena comenta que ela faz o espectador olhar para suas dores. “Tem uma alquimia, uma poesia nas palavras da autora que convida o leitor a mergulhar fundo nelas, e ficar ali um tempo, a tempo de se sentir.”
Livro disseca a história de uma menina que vira mulher e todas as perdas pelas quais essa personagem passa e nos convida a olhar para este momento pós-pandêmico, como uma possibilidade de ressignificação da vida. “É como se estivéssemos todos reaprendendo a viver.”
Helena Cerello ficou impactada pela leitura do livro, vislumbrando as imagens. “O livro me tocou muito, principalmente na questão da oralidade, parecia que a voz da personagem chegava direto na minha alma. A teatralidade se materializou principalmente na voz de uma criança sofrendo uma perda e não encontrando a escuta necessária para lidar com ela.”
O desenrolar dos acontecimentos, até a idade adulta da personagem, seguiu envolvendo Helena. “Aline Bei encontra as palavras certas ao falar sobre perdas, o que nesse momento pós-pandemia se torna necessário e urgente. A leitura do livro nos abre, como se fôssemos um livro também e nos convida a olhar para as nossas dores e às dores dos outros com escuta, num exercício de empatia. Por mais cortantes que sejam as situações do livro, a sensação que dá é que, ao tocarmos nas dores, elas respiram. Como se elas dissessem obrigado por me verem, eu estou aqui, e por alguns segundos elas se tornam mais leves.”
O PESO DO PÁSSARO MORTO de Aline Bei
Idealização e Atuação Helena Cerello
Direção Nelson Baskerville
Adaptação Dramatúrgica Cristiana Britto, Helena Cerello e Nelson Baskerville
Música Original e Edição de Cenas Daniel Maia
Assessoria de imprensa Fernanda Teixeira Arteplural
Figurino Claudia Schapira
Assessoria de ilusionismo Henry Vargas e Klauss Durães
Participação especial Aline Bei e Aurora Cerello
Captação de Imagens Helena Cerello
Fotos Aurora Cerello
Participação especial canina Caramelo e Borges
Arte do flyer Victor Grizzo
Web design Cynthia Vasconcellos
Coordenação de Produção Raul Barretto e Helena Cerello
Realização Cia. VADABORDO
imprensa
"Peça O Peso do Pássaro Morto vence desafio do online ao unir cenas ao vivo com gravadas."
Ubiratan Brasil, O Estado de S.Paulo
"A peça O peso do pássaro morto conta com delicadeza e coragem uma história que merece (e deve) ser ouvida, pois não se sabe quantas pessoas carregam, em silêncio, o peso morto de uma existência sem afeto.”
Taynã Olympia, Revista Continente
"Helena Cerello, Aline Bei e Nelson Antonio Ierardi Baskerville se uniram para revelar no mato uma história que passa a impressão de sempre ter estado lá. Agora, "filmada" e organizada, a história "aparece". Diante das coisas antigas que a compõe, e da energia perpétua que faz parte de cada uma das suas propostas um tipo de revelação, sobretudo, sentimos prazer em ser plateia. As poderosas e vertiginosamente claras palavras de Aline se juntam a fantasmagoria lírica da encenação de Nelson. Helena, atriz dedicada, obstinada e profunda, com retidão, é quem recebe no corpo toda a fricção dos desejos, das faltas, das belezas e das tensões da existência."
Márcio Tito, Deus Ateu
"Durante uma hora, o espectador acompanha desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, uma geração após a outra, na vida daquela mulher, cuja evolução é notável graças à interpretação de Helena que, além de revelar o envelhecimento pela variação de sua postura corporal, cria as vozes dos diversos personagens - e permite que o público olhe, enternecido, para as suas dores."
Ubiratan Brasil, Estado de São Paulo
Fotos do espetáculo no teatro aqui
Links para downloads: